quinta-feira, 3 de outubro de 2019

BANCO DE DNA: A TECNOLOGIA QUE RICHA TROUXE AO BRASIL 
O então governador Beto Richa inaugura a sede da Polícia Científica, em Curitiba.
Recentemente, o Banco de DNA da polícia paulista possibilitou esclarecer o assassinato chocante da menina Rachel Genofre, ocorrido em Curitiba há 11 anos. A solução do crime foi festejada pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, que defende a ampliação dos bancos de DNA para todo o país. O que pouca gente sabe, é que esta solução com base em modernas tecnologias, que tanto inspira o ministro, foi empregada pioneiramente no Brasil pela polícia paranaense durante o governo Beto Richa.

O Banco de Perfis Genéticos de Criminosos do Paraná, pioneiro no Brasil, iniciou as atividades em 2014, com coletas permanentes de material genético dos presos condenados tipificados na lei federal 12.654/2012, que inclui nove crimes, como estupro e homicídio doloso.

Todos os condenados por crimes hediondos e crimes dolosos violentos contra a pessoa podem ser identificados com material genético para compor o sistema. A medida tem caráter de identificação e pode, também, inocentar suspeitos de crime de estupro ou pedofilia, por exemplo.

O método é indolor e não invasivo por meio do chamado “swab bucal”, com coleta de células da mucosa da boca para obtenção do perfil genético. Posteriormente, essas amostras passam por uma análise de qualidade no Laboratório de Genética Molecular Forense do Instituto de Criminalística do Paraná, para então integrar um cadastro nacional.

O então governador Beto Richa se esforçou para pôr em funcionamento esse importante meio de combate aos criminosos, principalmente os mais violentos. “Sem apelos demagógicos, sem tornar a polícia mais violenta, enfrentamos os criminosos com a Inteligência e a tecnologia”, explicou Richa.

Resultados

O primeiro criminoso preso no Brasil com base na identificação pelo Banco de DNA foi um assaltante de bancos. As autoridades conseguiram comprovar a participação dele em um crime com a ajuda do Banco de Dados de Material Genético da Polícia Científica do Paraná. O assaltante, que está preso na Penitenciária Central do Estado, agora responde também por pelo roubo a um caixa eletrônico em Curitiba graças à tecnologia da Segurança Pública paranaense.

O criminoso foi identificado por meio de uma amostra de sangue coletada pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML) em uma agência que teve o caixa eletrônico explodido em janeiro de 2015, no bairro Cajuru, em Curitiba. Dois meses depois, em março, o assaltante foi detido em Matinhos, em uma ação Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com mais 64 pessoas responsáveis por explosões a caixas eletrônicos. Ele foi solto semanas depois pela Justiça.

Em setembro do mesmo ano ele foi preso outra vez, quando a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha especializada em esquema de explosão de terminais bancários. Material genético dos 16 suspeitos presos foi encaminhado ao Banco de DNA da Polícia Científica do Paraná, onde informações cruzadas mapearam a presença desse suspeito – hoje detido na Penitenciária Central do Estado – na explosão do caixa eletrônico no Cajuru, em janeiro. Com isso, o preso responderá por mais esse crime.

Estupro contra criança

O caso estava encerrado, mas a novidade trazida pelo governo Richa ao Paraná lançou luz nova sobre o crime e permitiu a solução que os familiares há tanto esperavam. Um abuso sexual contra um menino de 13 anos foi resolvido pela Polícia Científica do Paraná, em março de 2016, graças ao cruzamento de dados da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. Quase sete anos após o crime, a compatibilidade de amostras apontou, de forma irrefutável, o autor do abuso. Célio dos Santos Vieira, de 37 anos, que está preso e condenado a 47 anos de reclusão por outros quatro atentados violentos ao pudor e mais dois estupros de vulneráveis, foi identificado e vai responder por mais um crime.

O banco de perfis do Paraná, graças ao investimento do governo Beto Richa, é tido como referência em todo o País. “Este investimento trouxe resultados não só à polícia paranaense, mas também à de outros estados”, destacou Richa. O Paraná aplicou mais de R$ 5 milhões no Laboratório de DNA, que contribuiu para estruturar o banco de dados. Atualmente, mais de cinco mil amostras genéticas já foram inseridas nos arquivos.

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