sábado, 21 de setembro de 2019

FUTEBOL NA REDAÇÃO
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Redação do jornal "O Estado do Paraná" na década de 1980. O então chefe de reportagem Claudio Benetta confere a edição do dia.
Em 1985 o plantão dos sábados à tarde na redação dos jornais "O Estado do Paraná" e "Tribuna do Paraná" terminava cedo. Por volta das três da tarde, os dois jornais já estavam fechados. Então, à espera de alguma "bomba" de última hora, era a hora do futebol. Arrastavam-se as mesas para os cantos e a ampla redação virava um campo. Dos bons. A bola era feita de papel jornal bem amassada e envolta em fita crepe. Antes de a partida começar, a porta principal era trancada para evitar imprevistos.

Quem teve a ideia do jogo eu não sei. Mas que todos participam, participavam.

Um belo sábado, estávamos lá eu, o Francisco Camargo, João Carlos de Santa, Vanderlei Rebelo, Deonilson Roldo, Jorge Javorski, Julio Tarnowski Jr, Fernando Gerlach, Roberto Elias Salomão, Liones Rocha(que morreu no início da década de 1990), o Charles e duas das meninas.

Sem mais nem menos, o Deonilson sumiu...

E a partida começou. De repente, um barulho na porta. O jogo para. O Salomão foi o primeiro a apontar quem mexia no trinco: "só pode ser o Deonilson"!

O Vanderlei pegou a "bola", ajeitou na mão, e disse: "quando ele entrar vai levar uma bolada na cara". Quando a porta se abriu, lá foi a "bola" arremessada pelo Vanderlei....

Putz... Não era o Deonilson... Era o Paulo Pimentel!

Todo mundo correu para o banheiro.... Sobraram eu, que estava no gol, e não tive tempo de fugir, e o Liones Rocha, que foi macho. Brincalhão, Liones puxou conversa com o patrão: "Quase que acertaram o senhor, não foi"?

Pimentel levou na boa: "Se não me abaixo, tinha me atingido".

Aí, sem jeito, o Liones disse que os jornais já estavam fechados e, na maior cara de pau do mundo, convidou Pimentel para bater uma bola. "Estou velho pra isso, brinquem vocês".

UFaaaaaaaaaaaa....

Foi só o susto. Naquele dia, Pimentel estava bem humorado.Enquanto ele conversava com o Liones e comigo, os "frouxos" iam saindo do banheiro, lentamente, um após o outro, com cara de santo...

E sem entender que tudo tinha terminado numa boa.

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