sábado, 21 de setembro de 2019

A INGRATIDÃO QUE DÓI 
Ratinho Jr. agradece Richa em 2014. Em 2019, veio a traição.

À sombra do ex-governador Beto Richa, Ratinho Júnior se projetou pelo Paraná todo e alcançou o Palácio Iguaçu. Empossado, virou as costas para o seu principal padrinho político. E não só. Passou a persegui-lo. Richa viu seus aliados de primeira hora alijados da máquina pública. Assistiu, incrédulo, a exoneração de um por um dos seus ex-assessores diretos, que, por extensão, também eram, indiretamente, assessores do então secretário Ratinho Júnior.

Ratinho esqueceu as obras em andamento do ex-chefe e agora inaugura-as como se fossem só suas. Nas entrevistas, vai mais longe: acusa Richa de ter deixado o Paraná com o caixa zerado. Aí mistura ingratidão com mentira e com falta de ética, para espanto da equipe do governo anterior. Relatórios econômicos dos institutos especializados em contas públicas, do Tribunal de Contas e de jornalistas de economia, mostram que o Paraná, ao final do governo Richa, era um dos poucos estados brasileiros com os pagamentos dos salários e das despesas correntes da máquina pública em dia. 

Na Assembleia Legislativa, deputados richistas já dão sinais de que  "estão por aqui" com Ratinhho Júnior. E não será surpresa se se bandearem em massa para a oposição. Líderes regionais, como prefeitos e vereadores, também já mostram publicamente esse descontentamento com os rumos que o governo Ratinho Júnior vem dando ao Paraná. Tanto, que no início desta semana uma comitiva do Sudoeste, composta por prefeitos e vereadores, visitou Richa, em seu apartamento no Mossunguê, para externar, abertamente, o agradecimento ao ex-governador pelo apoio que receberam do Palácio Iguaçu na gestão anterior (veja mais abaixo). 

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